Te vejo a noite...

Te vejo a noite...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Eis...

Encantos...
Mia Hertz

Seus olhos,
São espelhos do teu ser.
Que demonstram e desmascaram,
Os sentimentos,
Que passam pelos recantos mais secretos do seu intimo.

São orvalhos para os olhos,
Sedentos dos outros,
Que encorajados mergulham nos cantos obscuros do teu ser,
Que são devassados a cada momento.
Encantando a todos que lhe deitam,
Os olhos cansados,
Por breves minutos, segundos ou mesmo horas,
Deslumbrando os desencantados da vida,
Encantando-os...

Nem sempre os diamantes são os melhores amigos das mulheres...


Mirar...
Estela Hartz.

Miro nas estrelas,
Que presas ao firmamento,
Balançam como brilhantes,
Nas solitárias orelhas de uma dama perdida.
Que se perdeu nas fusões,
Que virou cisões,
Transformando-se em decisões inadiáveis.
Libertando-se,
Rasga os céus,
Feito navalha,
Curando as dores,
Retirando os tumores,
Amando as cores,
Permitindo-se...
A voar e se perder no limiar...
Miro...

Uma crônica antiga, mais atual, daquelas sem pé e nem cabeça, entretanto nas entrelinhas narra tantas coisas!

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Pensando nas mulheres que levam alcunhas sem merecimento, criei essa singela crônica:

Mia Hertz.

Turbulências de calcinhas roxas...
Uma breve crônica de um problema crônico.

Em um universo paralelo, onde as turbulências não tinham hora e nem dia para acontecer.
Um dia, a tempestade desabou torrencialmente: surgiu uma frente fria de calcinhas minúsculas roxas, que lentamente avançavam sobre os trópicos dos desequilíbrio, normalmente essas frentes frias fariam a alegria dos controladores do tempo, em outros planetas e outros contextos.
Mas, neste local tudo é motivo de pancada de granizo e de furacões sem sentido. É um local árido, lotado de esqueletos de construções destruídas, caóticas e sem rumos...
Os seres que habitam nesse mundo, vivem atolados em fantasias escabrosas de cornos gigantescos, de sentimentos não resolvidos e projeções transloucadas...
Estavam mumificados em santuários de modelos de existência furados (paradigmas encruados) que nunca tornaram qualquer um deles verdadeiramente livres.
Devido a isso, saiam em turbas enfurecidas, correndo de um lado para outro, apavorado com a tempestade de calcinhas roxas, sem saber: se renegavam ou se pegavam.
Elas indecentemente planavam e desfilavam em nádegas de quarentonas que nem estavam aí para o ocorrido, pois estavam mais preocupadas com seu conforto do que nas reações transloucadas da população ensandecida.
E as calcinhas continuavam a cair, indiferente a todos e a tudo.
Invadindo as casas, os apartamentos, os cinemas e as construções, era uma visão dantesca; centena de milhões de peças intima dentro de roliças e alvas bundas desabando assustadoramente nas cabecinhas deste mundo tão pragmático.