Te vejo a noite...

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terça-feira, 8 de março de 2011

A Renda Negra.

A renda negra.
Mia Hertz.
Já passava das nove, todos os corredores do andar estavam vazios. A iluminação escassa tornava o ambiente sombrio e melancólico.
As grandes janelas permitiam que vislumbrasse a cidade e as suas luzes, parecendo um festival de cores em um fundo negro. O silêncio do local era perturbado pelo eco de saltos de sapatos que batiam ao encontro do piso a cada passo dado.
Toc... Toc... Toc... Ressoando, para não se falar que eles retumbavam no mórbido mutismo que impregnava o espaço. A dona deles andava lentamente pelos corredores, em busca da saída.
Trajando um vestido preto de estilo reto e com decote em v, que moldava a silhueta com elegância, suas pernas estavam cobertas por meias negras; usava sapatos pretos e levava uma bolsa preta a tiracolo.
Em suas orelhas reluzia o brilho prateado de brincos que se envolvia entre os cabelos castanhos curtos. Possuía uma face comum, não era aquele tipo de beleza estonteante das grandes atrizes ou mesmos das belas modelos que estampavam as famosas revistas de moda.
No entanto, possuía um sorriso luminoso que iniciava nos olhos e terminava na boca carnuda, que alias estava pintada de um vermelho rubro, destacando-a.
A cada passo dado, brincava com as chaves entre os dedos. Ao passar pelo saguão deu uma última olhada para trás conferindo o largo corredor e as portas e janelas fechadas. Abrindo a grande porta de vidro sai em busca do elevador. Entrando nele, aperta o botão do subsolo. Rolando as chaves e entre os dedos, espera pacientemente a descida pensativa.
A porta se abre silenciosamente, expondo um lugar vazio e silencioso. Olhando para frente ela atravessa todo o espaço, fracamente iluminado. Ao virar a direita passa por diversas pilastras de concretos que se encontram mergulhadas completamente na escuridão.
Na penúltima pilastra, ela é amordaçada por uma mão e abraçada por um braço forte, que lhe puxa de encontro a um peito. Sentindo a ofegante respiração em seu pescoço, começa a se debater procurando escapar do forte agarre.
Quanto mais se debate, mais ele a traz de encontro ao seu peito. Apertando-a contra o seu corpo. Seus lábios deslizavam na curva suave do pescoço, sentindo o gosto da pele e aspirando o perfume que emana da mesma, embriagando-o.
Lambendo a pele até a orelha, mordisca lentamente, enquanto a mão espalmada acaricia o ventre em direção ao seio dela. Fechando a mão nele aperta suavemente como se através das camadas de roupas pudesse sentir o calor e a maciez do mesmo.
Se esfregando em seu bumbum, deixando-a sentir a ereção que começa a despontar. Afoitamente passa a língua em seu maxilar, afastando a mão para poder se aproximar dos lábios rubros e carnudos dela.
Mordiscando de leve, afasta-se e a vira de encontro ao seu corpo, beijando-lhe a boca. A língua dele devassa a macia cavidade. Em busca da dela, acariciando vigorosamente, começa a incitá-la para acompanhar o ritmo. Mergulhando em um beijo profundo, se entrega a sensação prazerosa que lhe toma os sentidos. Sentindo as pernas fraquejarem, o que a leva a se encostar-se ao amplo peito masculino em busca de apoio.
Arrepios a percorrem de cima a baixo e o seu útero lateja, como se estivesse na expectativa de algo mais. Mãos acariciam costas, seios, coxas e saem em busca da barra do vestido.
Subindo lentamente, enquanto acaricia a perna coberta pela sedosa meia seguindo de encontro à calcinha de renda preta. Em um ímpeto a rasga, caindo em frangalhos no chão do estacionamento.
Guiando a mão ao sexo dela, acaricia lentamente o seu púbis e indo de encontro à vagina. Tateando e explorando o órgão, enlouquecendo a mulher em seus braços. Que freneticamente rebola em sua mão em busca de satisfação.
Abrindo a calça, ele retira o turgido pênis, levanta-lhe o vestido até a cintura, erguendo-a, direciona o seu órgão ao encontro da vagina dela.
Ela enlaça os braços no pescoço dele, enquanto morde o seu queixo e o lambe, sentindo o sabor masculino. Prendendo as pernas no quadril dele e se deixa levar nos movimentos dele. Embalada e empalada nele, sussurrar em seu ouvido:
-Amor, essa é a terceira calcinha essa semana que você rasga! Desse jeito ficarei sem nenhuma!
Passa a língua em sua orelha e segue em busca da boca dele, enquanto aperta mais forte os braços em seu pescoço. Beijando-o se entrega as suas carícias...

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